
Ps: Essa é minha árvore de verdade, decorada com bolas que decoraram a árvore do casamento de minha mãe. Um lindo empréstimo de minha vó!
Mágica? Não. simples reaproveitamento.
Ah, antes de mais nada devo dizer que você pode usar qualquer galeto, mas o do bom preço tem realmente um temperozinho especial!
O lanche: sanduíche com 1/3 de peito para cada um, pão de sal, maionese, mostarda, alface, tomate e ovo com milho e queijo. Para o último você bate um ovo como se fosse fazer omelete bota para fritar na manteiga, joga o milho, cobre com queijo e tampa. depois é só cortar no meio e colocar um em cada sanduíche.
Se você tiver uma receita para o galeto e quiser compartilhar é só postar aqui nos comentários.
Ia fazer deste um comentário lá no Post que você escreveu. Mas achei melhor transformar ele numa carta pública à todas que como você e eu se assustaram com a medicação no primeiro momento.
No nosso caso, vai muito além disso. Tomar o Zoladex é uma questão de saúde. Qual seria a outra solução que você está considerando? Passar por outra cirurgia e remover seus ovários de uma vez, essa é a saída? É preciso reduzir os focos e para isso é preciso cortar a produção dos hormônios. Mas, lembre uma coisa: removendo os ovários você vai sentir os mesmos efeitos do medicamento, só que em definitivo até puder fazer reposição hormonal.
Não fazer as injeções ou injeção é manter as bombas relógios que temos dentro de nós próximas de explodir. E, desse jeito elas podem evoluir mais rápido para novos tumores.
Então, mesmo que você considere a adoção no futuro, como eu também considero, nesse momento você tem que pensar no tratamento para você e acredite: esse é o melhor caminho!
É muito difícil engolir tudo isso, diagnóstico, cirurgia e depois as injeções. Eu bem sei... Mas lhe digo: é possível. E, digo mais, tem um lado bem nisso tudo: você vai mudar sua vida depois disso. Mudamos a forma de pensar sobre nós mesmos, passamos a valorizar mais as pessoas que realmente se importam conosco, mudamos nossas prioridades, aprendemos sobre nossos limites e força. Enfim, praticamente uma novela das 8h rs.
Quanto a dividir o medo. Fique a vontade para passar aqui e conversar. Estarei sempre aberta para trocarmos uma ideia e oferecer um ombro virtual.
Ficarei na torcida para você vencer o medo e se cuidar. Você vai ver, é uma experiência enriquecedora.
Qualquer coisa tô aqui.
Abraços,
Wendy
O Mundo Anda Tão Complicado
Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
Que a mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som
Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa
é a chave que sempre esqueço
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um pro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundoPor amor
Legião Urbana
Composição: Renato Russo
Mas o calor... O calor é tanto que nesses quinze dias não tive uma noite de sono interrupto. Sempre acordava no meio da noite agoniada e suada.
O ventilador coitado, não tem dado jeito. E com tudo isso acontecendo resolvi finalmente comprar um split. Evitei muito tempo essa ideia por não gostar de ar condicionado nem gostar de conta de luz alta, rsrsrs. Mas não tem jeito. Tive de dar o braço a torcer e essa semana comecei a procura pelo ar.
1- Poucos enjoos matinais;
2- 2 dias de dor de cabeça absurdamente intensa;
3- Nada de sangramentos, graças a Deus!
4- Tonturas que acompanham os calores o a alimentação;
5- Calores, muitos calores!
Bom, é isso, vou deixar o PC aqui e correr para o banho...
As exigências da vida, todas as coisas com que temos de nos confrontar e ultrapassar, são simplesmente numerosas e poderosas demais para que os nossos sentimentos possam superá-las incólumes. Por isso, o que importava para ele era lealdade. Segundo ele, lealdade não era um sentimento, e sim um desejo, uma decisão, uma opção da alma. [...] lealdade consigo próprio. Uma espécie de compromisso de não fugir de si próprio. Nem na imaginação, nem na realidade. A disponibilidade para se assumir, mesmo quando não gostamos mais de nós [grifo nosso].
Pascal Mercier, Trem Noturno Para Lisboa - 2010, p.228
A verdade é que talvez esse seja o mais difícil dos compromissos...
Quando crescemos, o amor que temos por nós mesmos é posto a prova por cada decepção, quebra e escolha que somos obrigados a fazer em nome do conforto ou da convenção social. Fica cada vez mais difícil sermos leal a quem vamos nos tornando. Parece que volta e meia nosso eu adulto está pronto para apunhalar aquele eu adolescente cheio de planos e valores pelas costas.
Então como não desgostar de nós por um tempo? E desgostando, como não nos abandonar por completo, se acomodando num estado de repulsa e inercia?
Eu realmente não tenho uma resposta definitiva, mas vou dando meu jeito rsrs. Pode parecer brincadeira o que vou dizer a seguir. Mas, penso que assim como temos uma aliaça para selar um casamento poderiamos criar um símbolo de união com nós mesmos, hãn? Uma coisa para nos lembrar que não importa o que aconteça, defederemos nossas escolhas e posição.
Eu mesma, tenho o (talvez) estranho costume de me dar presentes no aniversário, natal e em outras ocasiões especiais. Não abro mão! Aprendi com minha mãe. Ela dizia que era uma forma de mostrar para si mesma que trabalhamos duro e merecemos. Mas no fundo é mais do que isso. É uma auto afirmação de que, não importa o quão dura seja a vida, não importa o quão sozinha você pense que está, você EXISTE não irá se abandonar.
Compro, embalo, e abro no dia. Às vezes é uma viagem ou um dia num salão, mas mesmo assim faço como se desse um presente para alguém. É um gesto simbólico, eu sei. Mas, me ajuda a lembrar do compromisso comigo.
Esse ano já escolhi, há meses, meu presente. Será um box, daquele, dos 15 anos Friends. Logo, logo ele deve estar chegando.
As vezes pode não ser necessariamente um presente, mas um tempo que invariavelmene decicamos a nós mesmos. Um turno na semana, uma hora por dia. Seja como for um tempo só nosso, para nos ajudar a lembrar que somos gente complexa, não apenas um reflexo de um instante...
Enquanto me preparava para escrever aqui, lembrei do meu presente de 2009. Foi um box do Sex and the City. Sabe, na 6a. temporada tem um episódio que se encaixa aqui. Há tempos queria postá-lo, mas agora parece o momento exato. Fiz uns cortes para caber no blog.
Nele, Carie questiona por um momento suas escolhas frente as escolhas de uma antiga amiga, mas mesmo assim, não abandona a si. Espero que gostem.
Finzinho fútil para um post supostamente profundo, hein?
"Por que não comecei antes? Não estamos atentos quando não escrevemos. Mal sabemos que somos. Sem falar quem não somos."
Eu nunca tive diário, sempre considerei uma perda de tempo tentar anotar tudo que me acontece. Mas entendo, agora, que um exercício de escrita sobre si é mais que bem vindo. Vai ver por isso me identifico tanto com o Guarda Livros do Livro do Desassossego... Vai ver por isso ainda não releguei o Trem noturno de volta a minha estante. Quero ler sobre quem como eu também se propõe a pensar sobre si durante a escrita, sem necessariamente redigir uma biografia.
Você ainda não tem um blog?
Recomendo escrever um!
Trem noturno para Lisboa se tornou fenômeno editorial na Europa, principalmente na Alemanha — onde ultrapassou a marca de dois milhões e meio de exemplares vendidos e ficou anos nas listas dos principais veículos —, TREM NOTURNO PARA LISBOA extrapolou as fronteiras da literatura. desde que foi publicado em 2004. Terceiro romance de Pascal Mercier, na verdade o professor de filosofia Peter Bieri, ganhou ares de expressão idiomática, usada para designar mudanças de vida. Mercier cria um personagem emblemático, o português Amadeu do Prado. Herói literário com o único objetivo de retratar seu criador. Invenção tão perfeita, que, nos últimos anos, muitos estrangeiros se deslocam para terras lusitanas em busca do escritor fictício. Raimund Gregorius, professor de línguas clássicas em Berna, se levanta no meio da aula, abandona a sala e toma um trem para Lisboa. Em sua bagagem está um exemplar de reflexões filosóficas escrito pelo médico português: Amadeu de Prado. Fascinado pelo livro, Gregorius decide investigar o autor. Em sua viagem encontra pessoas que ficaram marcadas por seu relacionamento com esse homem excepcional, que o conheceram como médico, poeta ou combatente da ditadura. Tudo começa numa manhã chuvosa, quando Raimundo Gregorius, um homem culto, professor de línguas clássicas, impede que uma mulher se jogue de uma ponte em Berna. O professor se encanta com os sons do balbucio incoerente da suicida. Ao questionar que língua é aquela, fica sabendo se tratar do português. Hipnotizado pela musicalidade do idioma, acaba por comprar um livro do autor português Amadeu Inácio de Almeida Prado, intitulado Um ourives das palavras. Uma reflexão sobre as múltiplas experiências da vida: solidão, finitude e morte, amizade, amor e lealdade.
Fascinado por Prado, Gregorius tenta compreender o misterioso escritor, um médico que morreu 30 anos antes.
A obsessão o faz largar sua rotina bem organizada e pegar o trem noturno para Lisboa. Numa descoberta do outro que acaba por ser uma descoberta de si próprio. Ao longo das investigações que o levam pelas vielas da capital portuguesa, ele encontra pessoas que conheceram Prado. E constrói a imagem de um médico e poeta admirável, que lutou contra Salazar. Gozou de enorme popularidade até salvar a vida de um oficial da polícia secreta. Depois disso, as pessoas que o veneravam passaram a evitá-lo. Na tentativa de se redimir, trabalhou para a oposição clandestina.Gregorius se descobre antítese de Prado, um homem inquieto, capaz de desafiar os pontos de vista ortodoxos.
Agora, através de sua influência póstuma, o prudente professor é impulsionado a mudar. Mas o que significa conhecer outra pessoa, compreender outra vida? O que significa para o conhecimento de nós mesmos? É possível fugir da rotina?
Este romance é uma epopeia multifacetada de uma viagem através da Europa e do nosso pensar e sentir.
Fora esses pequenos absurdos comuns numa série de medicina para TV vale a pena assistir. Eu pelo menos não deixo de ser menos fã do seriado que, agora em Outubro, estreia sua sétima temporada no Brasil.
"Os Deuses, se são justos em sua injustiça, nos conservem os sonhos ainda quando sejam impossíveis, e nos dêem bons sonhos, ainda que sejam baixos. Hoje, que não sou velho ainda, posso sonhar com ilhas do Sul e com índias impossíveis; amanhã talvez me seja dado pelos mesmos Deuses, o sonho de ser dono de uma tabacaria pequena, ou reformado numa casa dos arredores. Qualquer dos sonhos é o mesmo sonho, porque são todos sonhos. Mudem-me os Deuses os sonhos, mas não o dom de sonhar."
Fernando Pessoa