
Ontem me peguei pensando sobre isso.
Não sei se é um instinto meio maternal, mas toda vez que uma amiga, parente ou no caso desse mês de Dezembro meu namorado precisam é aí que fico colada. Nas horas felizes nem tchum, passamos semanas, meses sem se ver. Mas se precisar é só avisar e baixo onde quer que esses meus eleitos precisem de mim. Será que tenho um gosto estranho pelo desgosto? Será que tem algo em mim que se envaidece com a ajuda? Será que isso é de família ou será mesmo um instinto maternal que anda ficando cada vez mais forte?
Acho que posso excluir a primeira hipótese e sendo bem honesta comigo, ficar com as outras três.
Não tem como não dizer que parte de você não fica feliz e não se contamina com uma pontinha de vaidade por ter conseguido deixar o seu ego de lado para dar-se por completo a outra pessoa (espere não seria isso um contrassenso?).
Talvez esteja misturando os termos... Talvez...
Mas, acho mesmo, que devo reconhecer que apesar da vaidade não motivar a ajuda (pois na verdade ajudar atrapalha o ser vaidoso) ela é um dos produtos finais do processo. Quem vai dizer que aquela sensação de dever cumprido não é o máximo?
Por que nos sentimos tão bem quando ajudamos? Quando fazemos algo por um desconhecido? É quase uma sensação orgástica, não? Mentalmente falando, claro. Acho que os santos e talvez os sacerdotes mais iluminados (seja lá qual for a religião) estejam livres disso. Mas que dizer de nós pequenos mortais?
Sobre a questão de ser de família, lembro de um cometário de meu namorado há alguns anos. Ele me disse: sua família é diferente, não é próxima, só fica junto junto, tudo bem que junto de mais, quando tem um problema. Observação pertinente... somos mesmo assim.
Lembro-me que quando criança o único jeito de almoçarmos todos juntos era quando alguém ia ao médico. Fora isso meus pais almoçavam no trabalho e eu e meu irmão em casa ou na escola. Na família extranuclear o mesmo acontece. Hoje, moramos espalhados. Nos vemos no Natal, no aniversário de minha vó, casamentos (poucos) e nas horas difíceis. Isso vale mesmo para os que moram na mesma cidade. É raro um mês que nos encontramos mais de 1 vez.
Quanto ao sentimento materno. Isso é mesmo impressionaste. A necessidade que temos de amparar e proteger aqueles que amamos chega a ser irracional. O plural aqui vale para eu e você. Mulher ou homem. É algo realmente inexplicável que vemos desde pequenos em certas pessoas. Eu não falando de gostar de crianças e sim de querer proteger, tá?
Não sei até que ponto tudo isso influi ou contribui... Mas o fato é que estou muito feliz de ter feito parte da maior conquista de meu namorado nos últimos dez anos. Posso dizer que estive ao seu lado, vi e amparei sua dor o quanto pude, fiz o máximo que podia dentro do mínimo que ele precisava, varamos noites juntos, choramos juntos e hoje ainda estamos juntos anestesiados em torpor.
Parabéns meu amor por sua conquista nesse dia 20 de Dezembro de 2010 e obrigada por ter me deixado por um motivo ou outro estar ao seu lado lhe ajudando.
Sempre orgulhosa de você,
Wendy
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