segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ajuda ao Outro e a Si

Tem gente que se afasta dos outros nas horas difíceis... Mas, por outro lado tem gente que tem vocação para ficar colada nesses períodos.

Ontem me peguei pensando sobre isso.

Não sei se é um instinto meio maternal, mas toda vez que uma amiga, parente ou no caso desse mês de Dezembro meu namorado precisam é aí que fico colada. Nas horas felizes nem tchum, passamos semanas, meses sem se ver. Mas se precisar é só avisar e baixo onde quer que esses meus eleitos precisem de mim. Será que tenho um gosto estranho pelo desgosto? Será que tem algo em mim que se envaidece com a ajuda? Será que isso é de família ou será mesmo um instinto maternal que anda ficando cada vez mais forte?

Acho que posso excluir a primeira hipótese e sendo bem honesta comigo, ficar com as outras três.

Não tem como não dizer que parte de você não fica feliz e não se contamina com uma pontinha de vaidade por ter conseguido deixar o seu ego de lado para dar-se por completo a outra pessoa (espere não seria isso um contrassenso?).

Talvez esteja misturando os termos... Talvez...
Mas, acho mesmo, que devo reconhecer que apesar da vaidade não motivar a ajuda (pois na verdade ajudar atrapalha o ser vaidoso) ela é um dos produtos finais do processo. Quem vai dizer que aquela sensação de dever cumprido não é o máximo?

Por que nos sentimos tão bem quando ajudamos? Quando fazemos algo por um desconhecido? É quase uma sensação orgástica, não? Mentalmente falando, claro. Acho que os santos e talvez os sacerdotes mais iluminados (seja lá qual for a religião) estejam livres disso. Mas que dizer de nós pequenos mortais?

Sobre a questão de ser de família, lembro de um cometário de meu namorado há alguns anos. Ele me disse: sua família é diferente, não é próxima, só fica junto junto, tudo bem que junto de mais, quando tem um problema. Observação pertinente... somos mesmo assim.

Lembro-me que quando criança o único jeito de almoçarmos todos juntos era quando alguém ia ao médico. Fora isso meus pais almoçavam no trabalho e eu e meu irmão em casa ou na escola. Na família extranuclear o mesmo acontece. Hoje, moramos espalhados. Nos vemos no Natal, no aniversário de minha vó, casamentos (poucos) e nas horas difíceis. Isso vale mesmo para os que moram na mesma cidade. É raro um mês que nos encontramos mais de 1 vez.

Quanto ao sentimento materno. Isso é mesmo impressionaste. A necessidade que temos de amparar e proteger aqueles que amamos chega a ser irracional. O plural aqui vale para eu e você. Mulher ou homem. É algo realmente inexplicável que vemos desde pequenos em certas pessoas. Eu não falando de gostar de crianças e sim de querer proteger, tá?

Não sei até que ponto tudo isso influi ou contribui... Mas o fato é que estou muito feliz de ter feito parte da maior conquista de meu namorado nos últimos dez anos. Posso dizer que estive ao seu lado, vi e amparei sua dor o quanto pude, fiz o máximo que podia dentro do mínimo que ele precisava, varamos noites juntos, choramos juntos e hoje ainda estamos juntos anestesiados em torpor.

Parabéns meu amor por sua conquista nesse dia 20 de Dezembro de 2010 e obrigada por ter me deixado por um motivo ou outro estar ao seu lado lhe ajudando.

Sempre orgulhosa de você,

Wendy

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