terça-feira, 29 de junho de 2010

Meus heróis não morreram de overdose...

Sim, aos quase trinta anos você deve ter visto morrer vários de seus heróis. Bom, pelo menos eu vi...

No entanto ninguém me deu os pêsames quando eu descobri que aquele professor, coordenador, chefe, diretor, não era aquela pessoa maravilhosa que eu, na minha inocência dos 20 poucos anos, imaginava. Meu campo profissional hoje parece mais um campo santo de tantas que são as lápides...

Bebi vários defuntos com alguns colegas de faculdade e trabalho. Outros tantos fiz questão de nem mandar flores.

O problema com a morte dos nossos heróis não é bem o luto, mas o que fica depois. Uma descrença no ideal, no fazer a diferença, no poder ser diferente e ao invés de pagar, ser recompensado por isso.

Com a morte de cada herói fica mais fácil, acomodar, retrair, e cantar como Elis:

"(...) ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais."

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