domingo, 26 de junho de 2011

Si tu vois ma mère

Fazer o quê?



Tô mesmo apaixonada por esse Jazz que abre Meia noite em Paris...
Da vontade de largar tudo e...

Whatever!
É a trilha da semana!


Encontrei Hemingway a meia noite em Paris...

PS: Esse é um tópico aparentemente desencontrado, pois não é um filme sobre os 30, mas sim um filme sobre a nostalgia...


Ontem fui ao cinema assistir o novo filme de Woody Allen: Meia Noite em Paris.

Uma narrativa leve, um personagem talvez um pouco menos neorótico que os habituais e uma história fantástica sobre a nostalgia (que eu particularmente já me permiti sentir inúmeras vezes). Ou seja, uma receita bem agradável para um fim de tarde.




No filme Gil (Owen Wilson, que parece a encarnação de Woody Allen nesse filme, gagueiraa, tom de voz, tudo) encontra uma esquina na qual à meia noite é possível pegar um carro para a Paris dos anos 20. Assim, o filme nos brinda com encontros maravilhos e diálogos incríveis com os mais idolatrados personagens dos anos 20 do século passado. A cena com Salvador Dalí, por exemplo, daria um capítulo a parte.

Fato é que um dos mais interessantes encontros é Hemingway. Deus! As frases são escritas à esmero!!! Queria tanto poder postar uma cena aqui... Mas enquanto não sai, ficam três citações, que gosto muito, desse que é o maior autor americano do século XX.


"O meu psicanalista é a minha máquina de escrever."

"O homem que começou a viver mais seriamente por dentro, começa a viver mais singelamente por fora."

"A felicidade em pessoas inteligentes, é das coisas mais raras que conheço."

"A sabedoria dos velhos é um grande engano. Eles não se tornam mais sábios, mas sim mais prudentes."

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O tempo e a Mulher de 30 por Frost

"O tempo e a maré não esperam por ninguém - mas o tempo pára sempre para uma mulher de trinta anos."


Robert Frost

Eu e o G6


Já faz um tempo estou devendo um post descente sobre o G6.


Não o G6 jato particular, nem o G6 grupo de países ricos, muito menos o G6 banda. Mas, sim o G6 qe está sob a pele das minhas costas na linha do meu quadril.


Vamos primeiro ouvir o que o médico diz do implante, depois eu conto a minha parte ok?



"A gestrinona é um 19-nor esteróide, anti-estrogênico e antiprogesterona usado por via oral no tratamento da endometriose e da miomatose. O composto tem efeito anabolizante e hemostático, sendo por isso também utilizado no tratamento da anemia. Outras patologias estrogênios-dependentes respondem bem a gestrinona oferece a vantagem de não passar pelo fígado na primeira passagem e ser liberada lentamente ao longo de um ano, inibindo a ovulação e a menstruação.

Sua aplicação se faz com seis cápsulas (G6) para não fumantes de peso médio de 70 kg. Para fumantes, ex-fumantes e mulheres com 80 kg ou mais, a dose deve ser aumentada para G7 ou G8. Em pacientes nas quais os efeitos anti-estrogênico é predominante, a associação com o estradiol deve ser recomendada (E4+G6).

A gestrinona, além das indicações tradicionais como a endometriose e a miomatose, é indicada também para o tratamento da TPM, da adenomiose, da hipertrofia uterina, da baixa da libido, da perda de massa muscular e da massa óssea, revertendo, quando associada ao estrogênio (E(6)+G4) a osteopenia ao fim de alguns meses.

Os efeitos colaterais da gestrinona se observam mais nas jovens e refletem a sua ação androgênica. Seborréia, acne, queda de cabelo, rouquidão, ganho muscular. Estes efeitos podem ser atenuados pelo uso da espironolactona (Aldactone) na dose de 50mg duas vezes ao dia.

A gestrinona, também associada ao estrogênio, pode ser utilizada em pacientes cuja reposição hormonal na menopausa com estradiol e testosterona está produzindo repetidamente espessamento de endométrio. Neste caso a associação de E(6) com G3 é suficiente para manter o endométrio fino."


Dr Amilcar Bettini CRM 5260078-2




Bom....


Eu coloquei o G6 em 10 de janeiro de 2011. Hoje fazem quase 6 meses de uso.


Desde o dia em que coloquei até agora experimentei muita coisa.


A primeira semana foi péssima doeu muito para colocar, formou um hematoma horrível, do tamanho de uma mão fechada e bem preto~. Não era roxo, era preto mesmo. Usei a pomada que indicaram para fazer o inchaço passar e ao final de 3 semanas não tinha mais nenhuma marca.


Na época esta fazendo pilates, e não vou mentir que durante muito tempo ao deitar no chão para fazer os exercícios sentia os palitinhos no meu quadril.


Os dois primeiros meses de G6 depois do Zoladex são libertadores!

Parece que a droga foi feita especialmente para quem estava na abstinência de hormônio, rs.

Libido, humor, disposição tudo volta de um jeito que você nem lembrava mais que existia.

As espinhas nas costas eram o mínimo!


Não tive rouquidão. Queda de cabelo, já tinha. Não acho que aumentou. Como não faço musculação não tive ganhos absurdos de massa muscular.


Tudo foi indo perfeitamente bem até abril.

No início de abril, comecei a ter uma sangramento muito estranho. Um liquido marrom que horas lembra aquele início de menstruação, horas lembra o conteúdo dos cistos de chocolate (os endomentriomas), mas sempre é bem pouquinho, do tipo que um carefree resolve.


Consegui ir ao médico em maio somente. E ele, mesmo eu dizendo que já tinha 5 semanas de sagramento, me disse que a situação era normal. Que esse sangramento era normal em pessoas que usavam métodos contínuos, como os implantes e o mirena.


Bom... Ainda estou sangrando...

Logo, logo vem o preventivo com outro médico.

Aí vamos ver o que dá.


Mando notícias,


Wendy

domingo, 5 de junho de 2011

Livro do Desassossego




Feliz quem não exige da vida mais do que ela espontaneamente lhe dá, guiando-se pelo instinto dos gatos, que buscam o sol quando há sol, e quando não há sol o calor, onde quer que esteja.


Feliz quem abdica da sua personalidade pela imaginação, e se deleita na contemplação das vidas alheias, vivendo, não todas as impressões, mas o espetáculo externo de todas as impressões. Feliz, por fim, esse que abdica de tudo, e a quem, porque abdicou de tudo, nada pode ser tirado nem diminuído.



Fernando Pessoa

Um trintão nada amigável: Aids


Há extatos 30 anos, em 05 de Junho de 1981, era anunciado nos Estados Unidos a descoberta de uma doença que mudaria para sempre o modo como homens e mulheres se relacionariam e estabeleceria novas normas de convívio afetivo para nossa geração: a AIDS.

Eu me lembro que eu devia ter uns 8 anos quando Cazuza veio a público dizer que tinha AIDS. Lembro das milhares de teorias sobre os tratamentos, sangue de cavalo e outros absurdo...
E lembro de ter muito, mas muito medo da doença.
Era até aquela época uma verdadeira sentença de morte.

Ainda bem, muita coisa mudou e hoje, graças as drogas disponíveis, a doença apesar de cronica não é mais fatal.

O vídeo abaixo é a primeira reportagem do Fantástico sobre o tema. Notem que a reportagem está datada de 27 de março de 1983. Realmente, a velocidade da informação também mudou, e MUITO!



sexta-feira, 3 de junho de 2011

Essência


"Quais são as tuas palavras essenciais? As que restam depois de toda a tua agitação e projectos e realizações. As que esperam que tudo em si se cale para elas se ouvirem. As que talvez ignores por nunca as teres pensado. As que podem sobreviver quando o grande silêncio se avizinha."




Ferreira , Vergílio

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O não dito



É incrível como a idade nos ensina o valor das coisas não ditas...


Podem ser palavras escondidas nos discursos inflamados ou insonsos. Podem ser ideias veladas por expressões mais ou menos enigmáticas. Não importa! Elas simplesmente estão lá.


Incomodam, não encontram espaço, ou em um outro estágio ainda não se sabem palavras ou ideias.


Elas só encontram sua essecência naqueles que tem idade, tempo e paciência para escutá-las. É preciso muito para ouvir o não dito. E, nele, compreender o outro, o jogo estabelecido, o sentido oculto até mesmo para quem ousou proferí-lo.


Ouvir o não dito se aprende, mas não se ensina.


Lembro que em minha juventude não foram poucas as vezes que vi meus professores de atropologia e metodologia nos alertarem para a necessidade de desenvolver essa capacidade. "O segredo, a resposta, está no não dito" eles diziam. Entretanto, por mais que o dissessem, nunca revelaram as minuncias dessa escuta.


Escutar o não dito não se aprende com palavras, mas sim, com o silêncio. É preciso calar para ouvir além. É preciso despir de suas próprias palavras e implicar-se no universo do outro para realmente escutá-lo. Mas, é, sobretudo, preciso anos para realmente compreender o valor desse significativo sacrifício.